MIRABILIA
16 de setembro de 2023 a 10 de março de 2024
Estação Pinacoteca, Pinacoteca de São Paulo
São Paulo, Brasil
A mostra panorâmica Alex Červený: Mirabilia apresenta o universo
iconográfico do artista em mais de 40 anos de carreira, com ênfase
em sua pesquisa sobre viagens, reais ou oníricas, misturando
personagens bíblicos, mitológicos, ícones pop e ilustração
científica. Com curadoria de Renato Menezes, a exposição contempla
trabalhos fundamentais, reunindo obras como Quem não chora não
mama (1999), uma das primeiras que realizou, e Aquífera, que
esteve na 23ª Bienal de Sydney, em 2021, além de duas pinturas
inéditas feitas especialmente para a mostra.
Alex Červený (1963) iniciou sua produção artística nos anos 1980.
Desde então, ele vem criando um conjunto de trabalhos que o coloca
entre os artistas mais originais e inventivos de sua geração. A
mostra na Pinacoteca reúne mais de cem obras, entre azulejos,
cerâmicas policromadas, esculturas de bronze, pinturas e gravuras,
fruto de um apanhado de referências muito diversas, articuladas
com muita erudição e humor, mas que dão conta de demonstrar o que
o passado é a matéria-prima de seu trabalho, parafraseando o
próprio artista. Com rigor e coerência plástica, o artista criou
um universo particular em que o ser humano, a palavra, a paisagem
e o céu são os protagonistas.
Alex Červený: Mirabilia é a exposição mais abrangente do artista,
e ressalta o uso de suportes diversos com os quais trabalha.
Dominando a técnica da pintura em cerâmica com destreza, Červený
produziu uma série de trabalhos em azulejo, no qual o conjunto
constitui o maior já apresentado até hoje. São 20 peças de azulejo
e 7 pratos de cerâmica. Além disso, estão dispostas na sala
expositiva uma coleção excepcional de esculturas em bronze, que
configuram um conjunto de símbolos muito próprios do artista,
retomados em outros trabalhos como Glossário dos nomes próprios
(2015) e Para além do bem e do mal (2015).
Duas pinturas panorâmicas foram realizadas especialmente para a
mostra na Pinacoteca. Para Cándido López (2023) é uma homenagem ao
artista argentino que perdeu parte do braço direito ao lutar na
Guerra do Paraguai. Ao reaprender a pintar com a mão esquerda,
tornou-se um célebre pintor de cenas panorâmicas de batalha. Luz
del Fuego (2023) coloca a dançarina brasileira Dora Vivacqua
(Espírito Santo, 1917-1967) no centro do quadro, homenageando a
personagem conhecida por adestrar serpentes. No quadro, o artista
revisita temas caros ao seu repertório iconográfico, entre os
quais a ilha, como alegoria da solidão, e a nudez, como signo da
vulnerabilidade do corpo no mundo.
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Vídeo da exposição
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"Alex Červený: Mirabilia", por Renato Menezes
>
"Os elementos do universo segundo Alex Červený", por Quilha
Leonel
Veja mais em
www.pinacoteca.org.br
créditos das imagens: Pinacoteca de São Paulo/Isabella Matheus
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