Alex Cerveny & Efrain Almeida
              29 de maio a 8 de agosto de 2021
              
              Fortes D'Aloia e Gabriel – Carpintaria 
              Rio de Janeiro, Brasil
            
 
             
             
             
             
            
              O interesse por narrativas do corpo, da natureza e de origem
              mitológica ou sacra é um dos pontos de conexão mais evidentes
              entre as obras dos artistas. Em pinturas, aquarelas, esculturas e
              bordados, Cerveny e Almeida conjugam referências históricas a
              narrativas biográficas. A interlocução costura-se tanto através de
              obras recentes quanto da presença pontual de trabalhos dos anos
              1990 e 2000, evidenciando em ambas as produções uma fatura
              essencialmente marcada pelas mãos dos artistas – seja nas minúcias
              das pinturas de Cerveny ou das esculturas de Almeida.
              
              Em sua obra, Alex Cerveny dá conta de referências que vão da
              iconografia à narrativas mitológicas, de elementos cotidianos a
              referências contemporâneas – eruditas ou prosaicas. Suas pinturas
              situam-se suspensas no espaço-tempo, habitadas por figuras humanas
              que transcendem o plano físico, por vezes materializando-se
              enquanto presenças espirituais, cósmicas. O habitat destes seres
              são cenários de tintas apocalípticas, onde a representação da
              natureza muitas vezes aparece envolta por fogo e fumaça, no desejo
              figurativo de uma espécie de "terra arrasada".
              
              Já na obra de Efrain Almeida, a representação visual de animais
              como beija-flores é imbuída de uma alta carga simbólica, tema
              recorrente na obra do artista. Aqui, seus colibris reaparecem
              tanto sobrevoando os campos geométricos de cor das aquarelas da
              série Prisma (2021) quanto arquitetando voos escultóricos
              em Flying (2021), escultura em bronze. O artista investiga
              a cor a partir do fenômeno da iridescência destes animais, uma vez
              que suas penugens coloridas revelam-se a partir – e apenas – da
              reflexão da luz do sol. A autorrepresentação do corpo, outra
              temática frequente de sua produção, também aparece no conjunto. Ao
              esculpir sua própria imagem em Autorretrato (2014-2020) o
              artista faz referência aos ex-votos, típicos das igrejas católicas
              do Nordeste do país, evidenciando a dimensão biográfica de sua
              obra.
            
Veja mais em www.fdag.com.br
              >
              
                Vídeo da exposição
              
              >
              
                "Sussurros, pragas e preces", por Clarissa Diniz
            
créditos das imagens: Fortes D'Aloia & Gabriel
< Voltar